sexta-feira, 12 de abril de 2013


KING TUBBY - Explosive Dub




O engenheiro de som King Tubby (Osbourne Ruddock) começou a carreira fazendo as misturas no gravador de 2 pistas de Sir Coxsone Dodd. Gravava as vozes numa pista, e os instrumentais na outra. Depois, para testar a qualidade das vozes, fazia um disco da mistura final, e passava-o cortando a música nos refrões. O momento mais excitante, explica ele, era quando a música recomeçava. Um dia, levou uma dúzia destes discos para um baile de Coxsnone, e a multidão obrigou-o a repassá-los toda a noite.
O produtor Bunny Lee foi quem inaugurou, mais tarde, o hábito de colocar no lado B dos singles a versão, inundando o som (a maneira de King Tubby) com muitas massas e ecos de ressonância.A maior parte dos proprietários dos velhos sound-systems continuaram em Kingston, conseguindo superar, com maior ou menor dificuldade, os períodos de confrontos políticos, de menores vendas de discos, ou interdição de bailes. King Tubby mantinha-se na sua loja, reparando amplificadores, e só usava a sua coroa, o emblema de sua arte, para mostrar aos visitantes. A única conquista nesse período do sindicato dos músicos jamaicanos foi a interdição da passagem nos rádios dos discos de DJ, medida que não satisfez ninguém, pois os álbuns de DUB, como os de King Tubby and The Upsetters, vendiam bem mais que todos os outros, incluindo os de Bob Marley and The Wailers. As técnicas de eco empregadas por Tubby incluem descobrir uma freqüência que dobre o ritmo, e cortar os pratos, chimbau e repiques entre ela. Em virtude da intensidade e volume utilizados o eco assemelha-se em tudo ao som original. Aplicada à bateria ou à voz produz timbres diferentes. Geralmente é escolhida a última palavra de cada frase. O estilo mais popular, criado por Tubby, trabalha com uma taxa de 168 repetições por minuto. Trata-se de um som espacial, que na natureza seria o equivalente ao eco produzido por duas paredes duras e refletoras de som distantes pelo menos 200 metros uma da outra. Essa repetição "lenta" utiliza uma intensidade elevada, de forma a deixar um rastro longo pela música. O efeito poderia ser comparado ao surto súbito de sangue para a cabeça, quando levantamos rápido demais. O reverber, também introduzido por Tubby, é um ingrediente importante na maioria dos dubs. Mesmo nos mais conservadores e parecidos com o lado A, sempre existe uma quantidade adicional de reverber, pelo menos na esteira e no bumbo. Isso contribui para um som "pesado" do baixo e toda a mixagem, dando a impressão de tiros distantes de canhão, ao mesmo tempo sugere um espaço vasto e negro, como uma caverna. Existe ainda, também utilizado por King Tubby, o recurso extremo de balançar o aparelho, produzindo um ruído apocalíptico na mola, tanto ao vivo, quanto nos sistemas de som, quanto na gravação dos discos. Na sua parceria com Augustus Pablo, juntou tudo isso com o talento de Pablo, principalmente nas composições em tons menores, executadas na escaleta, em que ele inclui um som "oriental". Um belo exemplo dessa bem sucedida parceria é o clássico disco KING TUBBY MEETS THE ROCKERS UPTOWN, de Augustus Pablo. Em 6 de fevereiro de 1989 terminava a brilhante carreira de King Tubby, brutalmente assassinado por pistoleiros na saída de sua casa, em Waterhouse. Mas King Tubby é, até hoje, lembrado como um dos mestres do dub, foi um dos que mais contribuiu e revolucionou o ritmo. (Fonte: http://reggaespotlights.blogspot.com/)

Faixas:

01 - Soundtrack Dub
02 - Easy Skanking Dub
03 - Burning Dub
04 - Daylight Dub
05 - Stepping Dub
06 - Just A Man Dub
07 - Send Me Dub
08 - In Love Dub
09 - Perfidia Dub
10 - Reggae Dub
11 - Babylon Dub
12 - Love Me With Your Heart Dub
13 - Music Field Dub
14 - So Fine Dub
15 - True Dub
16 - Freedom Dub
17 - Today Dub
18 - No One Dub
19 - Good Man Dub

Link para download:
https://mega.co.nz/#!jYVGXYxD!ApAXrzJ_38aGrjZz4lpknznxZxo7akmkxrRLV8dDBTc

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