quarta-feira, 29 de outubro de 2008

TOM ZÉ - Danç-Êh-Sá (Dança dos Herdeiros do Sacrifício)




Antonio José Santana Martins, o Tom Zé, nasceu em 11 de outubro de 1936 em Irará, na Bahia. Em 1962, foi classificado em primeiro lugar no exame de vestibulares, e ingressou na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia.
Em 1964, recebeu uma bolsa de estudos da Universidade Federal da Bahia, para o curso Superior da Escola de Música da mesma Universidade, como prêmio pelo primeiro lugar obtido nos exames finais do Curso Intermediário.
Freqüentou cursos de História da Música com H. J. Koellreutter, Violoncelo com Walter Smetak e Piero Bastianelli, Composição e Estruturação com Ernst Widmer, Contraponto com Yulo Brandão, Harmonia com Jamary Oliveira, Piano com Aida Zolinger e Violão com Edy Cajueiro.
Foi um dos fundadores do Grupo de Compositores da Bahia de música erudita, ao lado de Milton Gomes, Lindebergue Cardoso, Rinaldo Rossi, Jamary Oliveira, Nicolau Kokron e Ernst Widmer.
Participou do concerto realizado pela Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia como membro do I Grupo de Compositores da Bahia. Participou do espetáculo teatral Arena Canta Bahia, realizado no Teatro de Arena de São Paulo. Em 1965 gravou o primeiro compacto, com as canções ‘São Benedito’ e ‘Maria do Colégio da Bahia’.
Em 1967 começou a ensinar Contraponto e Harmonia na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, a tocar violoncelo na Orquestra Sinfônica da UFBA, e apresentou a canção ‘A moreninha’ no Festival de música Brasileira da TV Record.
Em 1968 ganhou o Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a canção ‘São São Paulo, meu amor’, e participou do movimento Tropicália, com uma faixa (Parque Industrial) no disco-manifesto.
No fim da década de 80 sua carreira deu uma reviravolta quando o músico David Byrne descobriu num sebo o inovador "Estudando o Samba", LP em que Tom Zé (com parceiros como Elton Medeiros) mexe nas estruturas do principal gênero musical do país. Fascinado, Byrne lançou o compositor no mercado internacional por meio de seu recém-criado selo, Luaka Bop. O disco "The Best of Tom Zé", editado por Byrne em 1990 foi aclamado pela crítica, ficando entre os dez melhores da década em todo o mundo, na avaliação da revista Rolling Stone. Excursionou pela Europa e Estados Unidos durante a década de 90, com bastante sucesso, o que só se refletiu no Brasil em 1999, com o lançamento de seu CD "Com Defeito de Fabricação" no Brasil. A partir daí Tom Zé voltou ao cenário da música brasileira.
Tom Zé é um artista sem igual. É o único que mantém ligação forte com os princípios do Tropicalismo, movimento que fez parte junto com Caetano e Gil. Enquanto os outros baianos ilustres dedicam-se à música popular, Tom Zé continua inventando e inovando, que era o fundamento básico do movimento dos anos 60.
O disco Danç-Êh-Sá reúne a complexidade das harmonias com a simplicidade das letras. Não existem letras com significados, mas onomatopéias que servem para fazer contraponto às melodias criadas por Tom Zé.
É exatamente isso que torna o disco tão genial. A complexidade das harmonias do Tom Zé com as letras em onomatopéias tornam o disco internacional. Fazem com que qualquer pessoa do planeta possa apreciar o Tom Zé com toda sua complexidade. (Fonte: http://euovo.blogspot.com/)
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