segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O FUTURO ROUBADO


O balanço da atividade humana no planeta mostra uma tendência suicida. Os nossos recursos naturais estão sendo exauridos rapidamente e de forma insustentável.
Sem se dar conta, os mais de 6 bilhões de pessoas tornaram-se um fardo pesado demais para o planeta, tanto sobre o solo quanto no mar e no ar. Agora, a natureza está mandando a conta. O efeito mais apocalíptico dessa mensagem é o aquecimento global.
Fica cada vez mais claro que a humanidade precisa tratar com mais carinho sua hospedeira, a Terra. Está mais do que evidente de que esse cuidado com o nosso planeta, com a nossa casa, com o nosso ninho, tem que ser um exercício diário. No nosso dia a dia temos que desenvolver novas atitudes, sermos mais responsáveis ao usufruir algum recurso natural. Tem que ser uma relação de mão dupla. A Terra nos mantém vivos, dá-nos todas as condições para termos uma vida saudável e digna. É uma grande mãe. Temos a obrigação, o dever de retribuir esta grande dádiva, esses benditos frutos, tendo o cuidado necessário para com ela de modo que todos nós possamos ter condições de sobrevivência, inclusive as gerações futuras.
O exercício da cidadania ambiental, portanto, é de fundamental importância.
Todos nós, homens e mulheres, de todas as raças, somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e temos direitos invioláveis garantidos pela Constituição. O direito à vida, à liberdade, à igualdade. O direito à educação, à saúde, à moradia. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a uma sadia qualidade de vida. São muitos os nossos direitos. E assim como temos direitos, temos também, os nossos deveres. E Cidadania é justamente isso. É o exercício pleno dos nossos direitos e dos nossos deveres.
Não podemos ficar de braços cruzados esperando que só o Poder Público faça alguma coisa. E todos nós sabemos que ele quase não o faz. Infelizmente as pessoas na sua grande maioria, estão acomodadas, indiferentes. Desconhecem os seus direitos e os seus deveres. Constituem um grande rebanho, a maioria silenciosa, massa de manobra. Pela indiferença, pelo silêncio e pela acomodação essas pessoas acabam sendo cúmplices de todas essas agressões e dos atos criminosos que são cometidos contra o nosso meio ambiente. Elas serão responsáveis quando amanhã os seus filhos e netos estiverem sofrendo os efeitos de tanta estupidez, de tanto descaso.
Se juntos não fizermos alguma coisa para reverter esse quadro sombrio, todos serão afetados, a espécie humana poderá desaparecer. Estamos no mesmo barco e é inadmissível que o deixemos afundar. Não podemos deixar que nos roubem o futuro.

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